A empresa PB (Potássio do Brasil) inicia prospecções em duas jazidas de cloreto de potássio e de sódio existentes na bacia sedimentar do Amazonas. Uma localizada na comunidade de Novo Remanso e outra próxima ao porto da Hermasa, ambas no município de Itacoatiara, à margem esquerda do rio Amazonas (distante 270 quilômetros de Manaus). Além dos sais de potássio e sódio, em dois furos já realizados, a mineradora encontrou porções significativas de sulfato de potássio, minério que pode ser comercializado na forma de enxofre, utilizado também como fertilizante. Os investimentos para o desenvolvimento do projeto estão estimados entre R$ 6 milhões e R$ 8 milhões.
De acordo com o diretor de exploração da Potássio do Brasil, José Fanton, o projeto contempla a perfuração de três furos de sonda que viabilizem o estudo e análise das reservas encontradas. A expectativa da empresa é obter um novo depósito de potássio, de onde também será extraído o sulfato. “Temos dois furos e neste ano planejamos fazer mais três perfurações. Há probabilidades de delinearmos mais um depósito na margem esquerda do rio Amazonas, há uns 18 quilômetros de distância de Itacoatiara”, disse.
Na comunidade de Novo Remanso, às margens do rio Amazonas, o potássio foi encontrado a 766 metros de profundidade (furo PB-NR- 13-03) em uma camada com 4,87 metros de espessura e teor de 20% de KCL (cloreto de potássio). Fanton informa que nas jazidas de potássio em Novo Remanso a mineralização contém sulfatos em porção significativa, o que segundo ele, valoriza ainda mais a descoberta. “O sulfato de potássio é utilizado na fabricação de fertilizantes. Determinadas plantações exigem uma composição mais sulfatada. Por ser um fertilizante mais nobre os preços de mercado são superiores ao de cloreto de potássio”, informou.
Próximo à sede do município de Itacoatiara, há 15 quilômetros do Porto da Hermasa, o furo PB-IC-13-02, apresentou uma camada de 4,27 metros de espessura com teor de 20.54% de cloreto de potássio a uma profundidade de 860 metros. Este furo também registra um intervalo com teores de 32,52% de cloreto de potássio e espessura de 2,48 metros, onde também ocorrem proporções significativas de sulfatos de potássio. “Não podemos fazer afirmações quanto à tonelagem mas as chances são reais quanto a obtenção de um novo depósito mineral. A bacia do Amazonas tem um potencial geológico excepcional”, assegura.
Segundo o diretor, o trabalho, que ainda está em fase de pesquisas, vai contar com uma equipe de geólogos, técnicos e sondadores. Ele não soube precisar a quantidade de colaboradores. O superintendente da CPRM-AM (Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais no Amazonas), que também é intitulada como Serviço Geológico do Brasil, Marco Antonio de Oliveira, explica que o sulfato de potássio é um tipo de sal que é utilizado na fabricação de enxofre, produto que pode ser aproveitado como fertilizante.
Oliveira ressalta que a descoberta de duas novas jazidas de potássio que apresentam alta capacidade de extração de um novo minério, que é o sulfato, comprova o potencial geológico existente no Estado. “A empresa está comprovando na prática o que indicam os mapas geológicos. O Amazonas apresenta uma amplitude de sais de potássio existentes em uma extensão de mais de 400 quilômetros”, frisa.

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