Casa de Caboclo

por Joilson Souza, o Poeta de Novo Remanso

O meu lar é simples coberto com a proteção de Deus,
as palhas detalhe natural pra ficar mas fria em noites de calor.
As paredes de madeira são lá do meu roçado
Que encuivarei pra plantar mandioca e macaxeira, maxixe, quiabo.

O diacho dessa paixão não me deixa sair daqui.
As frutas que colho aqui…
Tucumã, marimari,
Piquiá essa como na minha varanda com café socado no pilão e torrado no fogão de lenha.
Minha caboca do lado dá o gosto gostoso
De ser ribeirinho
Ela sempre acessa, não me falta com carinho.

O rio pretinho é minha pscina que junto da curumizada fico a embiocar
Agente no fim da tarde tá todo tuíra e engilhado
Mas feliz e energizado.
Pra noutro dia ir pro roçado trabalhar

A noite o luar prateado me chama pra porongar
Malhadeira e arpão
Na cuia o pirão pra merendar.
Nas estradas do igapó
Pirarucu, tambaqui
Jaraqui tracajá
Todos prezo na malhadeira
É só e lá e pegar.

Não tenho internet pra ficar no Facebook e no zap
Mas tenho o luar de prata
Pra iluminar meus sonhos
Tenho minha rede pra embalar com minha caboca cheirosa
E fazer mais curumim
O meu lar é assim

Simples coberta de palha
Mas cheio de amor
Pras visitas atenção
Café com fritinho de farinha ou bijú
Pros inimigos oração
Por que Deus habita em meu coração.


Professor Joílson Souza

Repórter Remanso

Comentários

  • Isabelle
    Responder

    Lindo! ❤️

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