“Existe, sim, uma vantagem para o candidato bilíngue, mas no currículo eles falham ao mencionar esta informação. Os recrutadores precisam conhecer bem este potencial para avançar no processo de seleção, mas antes de chegar na entrevista propriamente dita o recrutador tem que se convencer de que está diante uma pessoa que não vai falhar na hora em que precisar usar outro idioma” explica Karina Pelanda, Gerente de Recrutamento e Seleção de Recursos Humanos na RH NOSSA.
O inglês segue como a língua oficial dos negócios. Por ser, de certa maneira, universal, conhecer o idioma é diferencial por possibilitar conversas com pessoas de praticamente todo mundo, fazendo com que recrutadores olhem com mais atenção para este conhecimento. No entanto, o espanhol também emerge como um trunfo ainda mais em empresas que optaram por expandir suas atividades para os países da América Latina.
Como mostrar essa informação no currículo?
As empresas estão buscando profissionais que sejam capazes de estabelecer comunicação minimamente fluída com aqueles que não sejam fluentes em português. Ao transcrever esta informação no currículo, o candidato precisa ir além de uma simples menção de onde estudou:
“O profissional precisa ser capaz de ler, traduzir e escrever qualquer outro idioma para o português, além de demonstrar capacidade de manter uma conversa minimamente produtiva e ter este domínio em qualquer idioma precisa ser acompanhado da comunicação verbal e não verbal plena.”
No currículo, o candidato precisa detalhar onde estudou, em qual período, se morou fora do país e, se tiver alguma experiência em que a segunda língua ajudou em algum trabalho, demonstrar em detalhes. Se tiver certificado oficial em línguas, vale acrescentar e indicar seu nível. Criar uma carta de apresentação no idioma ajuda a ilustrar bem seu nível de escrita e de compreensão:
“Temos que lembrar que dominar um idioma vai além de apenas conhecer as palavras. Existe uma série de habilidades correlacionadas que fazem parte do contexto, principalmente culturais. Quem teve oportunidade de estudar fora do país ou trabalha remotamente em uma empresa de fora carrega uma visão diferente sobre culturas, hábitos de consumo em outras regiões e de costumes rotineiros. É a gíria em inglês, o sotaque diferente do colombiano e do argentino e outras diferenças que podem pesar positivamente no currículo.” completa a especialista.
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