O Hospital INC realiza, no dia 20 de maio, um evento em comemoração ao Dia Nacional de Combate a Cefaleia, comemorado no dia 19 de maio, com o objetivo de conscientizar a população sobre a enxaqueca e seus tratamentos, além de capacitar profissionais médicos não-neurologistas a diagnosticar a tratar os principais tipos de cefaleia.
 
O chefe do Setor de Cefaleia e Dor Orofacial do INC, o neurologista Paulo Faro, membro da Sociedade Brasileira de Cefaleia, implementa o projeto Maio Verde. Além disso, o médico realiza nesse dia a 18ª edição do INC Health Talks, para falar sobre o assunto. O encontro gratuito e direcionado para a população em geral, acontece às 16h, na sede do Patio Batel do Hospital INC.
 
No dia 19 de maio, o especialista, que é membro da Sociedade Brasileira de Cefaleia, promoverá um curso de atualização em dores de cabeça, voltado aos profissionais da área de saúde selecionados pela Secretaria Municipal e Estadual de Saúde, sobre os principais tipos de dores de cabeça e como manejá-las na Unidade Básica de Saúde e nas Unidades de Pronto-Atendimento.
 
“Iremos capacitar cerca de 120 profissionais médicos que trabalham da rede básica de saúde e nas unidades de pronto-atendimento para atendimento nos casos de cefaleia”, afirma. As inscrições para participar dos eventos em comemoração ao Dia Nacional de Combate a Cefaleia podem ser feitas no site da instituição.
 
A cefaleia é a terceira queixa mais frequente nos atendimentos dos ambulatórios de clínica médica. É responsável por 9,3% das consultas não agendadas e o motivo mais constante que leva pacientes a procurar atendimento especializado com neurologistas. São 2% de todos os atendimentos nos serviços de emergência, segundo dados de 2018 do site da Academia Brasileira de Neurologia.
 
Dados da Sociedade Brasileira de Cefaleia apontam que 95% das pessoas sofrem com dor de cabeça pelo menos uma vez na vida. Desses, 70% são mulheres e 30%, homens. No Brasil, 13 milhões de pessoas apresentam algum tipo de cefaleia durante 15 dias ou mais por mês, ou seja, sofrem uma dor crônica que, muitas vezes, pode incapacitar o paciente para as tarefas rotineiras. Cerca de 30 milhões de brasileiros possuem enxaqueca – a principal causa da dor de cabeça.
 
Segundo o médico, as cefaleias são classificadas em primárias e secundárias. As primárias são doenças cujo sintoma principal, porém não único, são episódios recorrentes de dor de cabeça. As cefaleias secundárias, por outro lado, são sintomas de uma doença subjacente, neurológica ou sistêmica, como a meningite, a dengue ou o tumor cerebral. O diagnóstico diferencial entre cefaleia primária ou secundária é essencial.
 

Sobre a Enxaqueca

Segundo o Ministério da Saúde, de 5 a 25% das mulheres e 2 a 10% dos homens têm enxaqueca. Ela é predominante em pessoas com idades entre 25 e 45 anos, sendo que, após os 50 anos essa porcentagem tende a diminuir, principalmente em mulheres. A doença ocorre em 3 a 10% das crianças, afetando igualmente ambos os gêneros antes da puberdade, mas com predomínio no sexo feminino após essa fase. “Os principais sintomas são dor pulsátil em um dos lados da cabeça, geralmente acompanhada de fotofobia e fonofobia, náusea e vômito. A duração da crise varia de quatro a 72 horas, podendo ser mais curta em crianças”, afirma Faro.
 
O neurologista afirma que a enxaqueca é causada por alteração genética e influencias ambientais. “Estresse, jejum prolongado, alimentos específicos, alterações no sono, luzes e sons intensos podem desencadear as crises. A alimentação é responsável muitas vezes pelas crises: queijos amarelos, álcool, frutas cítricas, carnes processadas, frituras e gorduras em excesso são alguns alimentos que podem desencadear a enxaqueca”, afirma Faro.
 

Vivendo com dor

A engenheira Bárbara Cenovicz, de 33 anos, tem crises de enxaqueca fortes pelo menos uma vez ao mês. “Já fui ao médico, fiz vários exames e não tem um motivo específico, as crises aparecem ligadas a algo que comi e também quando fico nervosa”, explica. Quando as crises surgem, ela precisa ficar no escuro, sem barulho. “Tomar um banho gelado alivia também, fico sentada na cama, encostada com a cabeça para trás até dormir. As vezes até vomito de dor”, conta.
A jornalista Fabiana Cunha é diagnosticada com três tipos de enxaqueca: hormonal, tensional e genética. As crises, que vinham de tensões, estresse e excessos de alimentação ou bebidas, tinham dia para começar, mas nunca para terminar. “Já tive crises de uma semana, um mês, três meses e o máximo foi de seis meses. Meu maior desespero quando entrava em crise era não saber quando ia sair”, lembra ela, que aprendeu a viver com a dor. Mãe de dois filhos, nos piores dias ficava deitada, mas tinha que dar conta de tudo: casa, crianças, trabalho, marido. “Meu ritmo era diferente, meu humor horrível e o relacionamento com os familiares bem prejudicado. Nos meses de crise, perdia muito peso e estava sempre com o estômago ruim”, lembra. Hoje, ela tem poucos episódios assim, porque toma remédio de uso contínuo – o Topiramato. “O medicamento causa formigamento nas mãos e esquecimento, mas hoje com uma vida regrada, sem excessos na alimentação consigo viver sem dor”, comemora.
 

Mais informações:
INC Health Talks sobre cefaleia, com o neurologista Paulo Faro

Local: Hospital INC – Shopping Pátio Batel
Endereço: Av. Batel, 1868 – piso S1 – subsolo
Data: 19 de maio, 16h.
Inscrições: http://site.hospitalinc.com.br/pt/talks

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